domingo, dezembro 31, 2006

O ‘Soul’ fica órfão de seu ‘Pai’...

O mundo perde o ‘Pai do Soul’, ‘James Brown’. Internado no hospital Emory Crawford Long, na cidade de Atlanta, EUA, desde à tarde de domingo (24/12) em decorrência de uma pneumonia, James Brown morre aos 73 anos de idade na madrugada de segunda-feira (25/12)...Extremamente autêntico e irreverente Brown fazia do palco o seu templo e não via o tempo passar em meio as performances que se alternavam entre seu canto e sua dança, ininterruptamente sem apresentar um sinal de cansaço. Clássicos como ‘I Got You (I Feel Good)’, ‘Get Up (I Feel Like Being a) Sex Machine’ e ‘Say It Loud (I’m Black And I'm Proud)’ permanecerão eternamente vivos na lembrança de seus fãs. Sua extensa discografia, com mais de 50 álbuns lançados ao longo de sua carreira, não só influenciou renomes como ‘Michael Jackson’ e ‘Mick Jagger’, como também o consagrou como um dos artistas mais completos do planeta de todos os tempos...

O duro começo: do purgatório a um paraíso com flores de espinhos...

Conhecido também como ‘Mr. Dinamite’, James Joseph Brown Jr nasceu em 3 de Maio de 1933 em um subúrbio de Barnwell (Carolina do sul), EUA. Vindo de um berço paupérrimo e morando em um bairro negro muito violento, ainda muito pequeno, separou-se dos pais juntamente com a tia (Minnie), que liderava um prostíbulo. Deste modo, suas necessidades o obrigaram a desempenhar, ainda criança todos os tipos de trabalhos para sobreviver, chegando inclusive a recolher nas ferrovias restos de carvão que caiam dos trens e, dos cestos de lixo das tendas da cidade, sobras de comida. Cresceu nas ruas de Augusta (Geórgia), onde cantava e dançava nas horas vagas para pagar por sua vaga no quarto de um bordel.Estudou em uma das poucas escolas para negros da época. Alguns professores, percebendo seu dom de cantar, o incentivavam a desenvolve-lo. Tendo as dificuldades financeiras como um dos principais combustíveis para que não desistisse de sua vontade, ingressou no gospel de onde adquiriu grande desenvoltura nos corais da igreja ou cantando para alegrar soldados que passavam por sua cidade, mas abandonou a escola na sétima série e começou a trabalhar colhendo algodão, engraxando sapatos, lavando carros e pratos e fazendo faxina em lojas.Criativo por natureza, as primeiras músicas que compôs apresentavam a mistura entre o gospel e o blues, porém, aos 16 anos de idade, foi preso por assalto a mão armada e cumpriu mais de três anos de detenção num reformatório. Deu a volta por cima, e ao sair da cadeia semiprofissionalizado como pugilista em 1953, integrou-se ao grupo gospel ‘Starlighters’, fato que alterou por completo o estilo da banda – para o blues –, sendo rebatizada mais tarde pelo nome ‘Famous Flames’: o clássico de ‘Please, Please, Please’, composto pelo próprio Brown, os levou, em 1955, ao sexto lugar nas paradas do blues, rendendo a vendagem de quase 1 milhão de cópias. Cabe ressaltar inclusive este sucesso foi o primeiro, dentre os 122 sucessos, que o Sr Brown colocou nas paradas de sucesso, enquanto que somente Elvis Presley, com 149 canções, o superava. O primeiro disco solo, ‘Try Me’ viria três anos à frente, mas sua consagração plena se deu em 24 de outubro de 1962, no Teatro Apollo, no bairro do Harlem (NY), em um grande concerto, que deu origem ao álbum ‘Live at The Apollo’. Seu outro clássico ‘Say it Loud (I'm Black and I'm Proud)’, (Diga Alto, Sou Negro e Orgulhoso), tornou-se hino dos direitos humanos durante os anos 1960 em meio a luta de lideres como o ‘Pr Luther King’ e ‘Marlcom X’. Em ato que soou como contraditório, executou esta música na posse do presidente americano ‘Richard Nixon’, em 1969, fato que prejudicou temporariamente sua popularidade entre os afro-americanos.Acompanhado de sua banda – The Original J.B.s –, em 1970, no auge do ‘Movimento Black Power’, lançou o álbum ‘Funk Power 1970: A Brand New Thang’, que rapidamente decolou com sucessos como ‘Get Up I Feel Like Being A Sex Machine’, ‘Get Up, Get Into It, Get Involved’ e ‘Soul Power’, além de consolida-lo como um exímio ativista em favor da causa dos afro-americanos, fortalecendo sua imagem manchada um ano antes ...Tal qual o pugilista ‘Mohamed Ali’, James Brown bailava por sobre o palco assumindo o total controle da platéia e influenciando milhões com sua dança e seu estilo autêntico de som. Em 1980 participou, como ator, do filme ‘The Blues Brothers’ (Os irmãos cara de pau), estrelado por ‘John Belushi’ e ‘Dan Aykroid’.
Num ato memorável, duas culturas representadas através de seus pais, ‘James Brown’ (Pai do Soul) e ‘Afrika Bambaataa’ (Pai do Hip-hop) encontram-se em 1984 para a gravação do 7” ‘Unity’, sucesso nas pistas do planeta até os dias de hoje. Em 1986, no filme ‘Rock IV’, estrelado por ‘Sylvester Stallone’, além de ter sua música, ‘Living in América’, como tema musical, participou especialmente em uma das cenas em pleno ringue como ilustração de abertura do oponente de ‘Rock Balboa’, ‘Apolo, O Doutrinado’. Mas, nessa mesma época, seu temperamento oscilante o levou a conflitos entre os cantores ‘Prince’ e ‘Michael Jackson’ aos quais considerava seus prováveis sucessores. Ainda em 1986, publicou sua autobiografia, e, como se não bastasse o número de problemas devido o estado emocional, passou a colecionar complicações com a justiça por toda a vida. Um dos episódios mais marcantes, protagonizado por ele mesmo, foi quando ameaçou com um revólver e um rifle um grupo de pessoas que invadiram sua propriedade. Também chegou a ser perseguido pela policia por vários Estados, preso e condenado por porte ilegal de armas e drogas. Em 1988, foi preso por agredir sua esposa e por consumo de drogas. Condenado a seis anos de detenção cumpriu metade da pena.
Uma espécie de antagonismo pairava por sobre a vida do cantor, pois a medida em que suas músicas conquistavam o sucesso merecido, seu envolvimento com a justiça americana também avançava lado a lado... Todavia, em 1991, após sua saída da prisão, ele reconstruiu a carreira interrompida gravando ‘Love Over-Due’, responsável por render-lhe à premiação do ‘Grammy de 1992’. Mas uma nova recaída toma conta da vida de Brown e sua esposa, ‘Adrienne’, vítima de agressão, desesperada, pede ajuda para a polícia e é hospitalizada durante uma madrugada. Novamente detido, dessa vez por violência conjugal, foi liberado depois de algumas horas, mas a notícia de mais uma prisão tomou conta das manchetes dos jornais do dia seguinte.
Em 1996 James Brown perde Adrienne durante uma cirurgia de estética, fato que culminou em mais uma polêmica notícia na imprensa. Fragilizado afundou-se novamente nas drogas e acabou internando-se numa clínica de desintoxição em 1998. Logo após sua saída, contudo, o porte ilegal de drogas e de armas levaram-no, outra vez, à prisão...
Em 2004 foi diagnosticado um câncer de próstata, ocasionando-o a uma cirurgia delicada. Mesmo assim, prosseguiu seus trabalhos intercalando seu tempo entre apresentações e estúdios, como por exemplo, o show em 2005 na Grã-Bretanha e os duetos gravados com ‘Will Young’ e ‘Joss Stone’...
‘James Brown’ será eternamente lembrado pelo ‘Hip-hop’ por ser...
Um dos influenciadores do DJ ‘Afrika Bambaataa’, tanto musicalmente, quanto ideologicamente, na construção de uma Cultura significativa para os jovens de todo o mundo; o influenciador dos primeiros passos da coreografia dos b. boys de Nova York que tentavam copiar seus movimentos em seus shows; o influenciador de alguns passos dos lockers e poppers do sul da Califórnia através do clássico seguido de coreografia específica, ‘Good Foot’; um dos artistas negros mais sampleados pelos rappers, tanto em seus gritos e interjeições, quanto que em sua sonoridade propriamente dita... Descanse em paz Mr Dinamite... Hit Me!TR.Saiba mais:
www.funky-stuff.com/jamesbrown
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domingo, dezembro 17, 2006

1° Batalha de Break para iniciantes 2006

Fala Galera!
Na Praça do Rodo,
Pedra de Guaratiba, dia 10 de dezembro aconteceu a 1°Batalha de Break para iniciante que teve o objetivo de mostrar as novas caras com quem o CJ Hip Hop e Instinto Coletivo trabalha.
Os alunos se prepararam durante a semana para o evento e assim mostraram o que andaram aprendendo nas oficinas que são realizadas na Escola Debora (Pedra de Guaratiba) e na ONG CAMPO (Centro de Apoio ao Movimento Popular da zona Oeste) em Campo Grande (sede do CJ Hip Hop Cia)


Esse evento é a iniciativa dos grupos que participam da rEdE zOnA OsTe De HiP hOp que este ano está sendo apoiado pelo Instituto Rio com o financiamento para a compra de uma filmadora Mini DV.



Em janerio de 2007 será realizada na ONG CAMPO a 2° edição da Batalha para inicintes com data ainda não confirmada, mas logo - logo todos vocês estarão por dentro do evento é só continuarem acessando o nosso blog!



Não esqueçam de comentar!

Um abraço para todos e todas.

domingo, dezembro 10, 2006

Final Batalha Hutus 2006

Batalha HUTUS 2006

Final
CJ Instinto
VS
Elemento Surpresa

Na semana HUTUS do mês de Novembro Rolou a Batalha de Break Dando para o 1° lugar 700,00 em dinheiro. A parceria para está batalha do Instinto Coletivo e CJ Hip Hop Cia se fez presente, o CJ Instinto como foi anuciado ficou com o 2° lugar(Daniel CJ e Rafael Instinto) e terceiro lugar(Robinho CJ e Pedrinho Instinto) e a galera do Elemento Surpresa (Sorriso e pithu) com o 1° do evento.



Master Crews é um grande evento da cultura Hip-Hop, grande no RESPEITO , grande na QUALIDADE, grande na PRESENÇA de nomes que fizeram e fazem a cultura Hip-Hop no Brasil. Seu crescimento é constante assim como cresce o Hip-Hop no mundo todo. A cada novo recurso conseguido mais melhorias são feitas; na escolha do local do evento, na estrutura de som e palco, na recepção ao público, enfim, em tudo que possa agradar. A cada ano cresce a qualidade do evento e dos que vem ao Master Crews, fazendo dele uma vitrine da evolução, ao mesmo tempo que mantém a tradição e originalidade. Os organizadores do evento entendem que a cultura Hip-Hop merece RESPEITO , respeito este que só quem faz parte desta manifestação pode proporcionar, pois vivem na pele as dificuldades e os sucessos desta caminhada. Entendem quem vai ao Master Crews como parte de um todo, e não como meros números na bilheteria. Todos colaboram para que o evento continue.

Esta é a grande reunião que fecha um ano de apresentações, oficinas culturais, palestras, debates, manifestações, ou seja, trabalho e compromisso. Lugar para trazer a família, amigos de diferentes culturas, e mostrar que isto vai muito além do que aparece na TV, que é mais que um produto. Hip-Hop não é uma marca e nem depende de nenhuma pra existir.
Venha dançar, curtir, encontar os companheiros de outros estados. DJs, MCs, Writers, B.Boys, B.Girls, Poppers, Lockers, Amigos, venham fazer parte deste grande acontecimento.
Master Crews:

Local de união para fazer as Culturas Urbanas maiores e principalmente melhores.



sábado, dezembro 09, 2006

Oficina de Ragga




Sábado, dia 21 de outubro, ensaio do CJ na sede.
À convite, a dançarina Leila ou Lili como ela preferir ser chamada, veio nos ensinar um pouco da DANÇA RAGA, já que estavamos buscando novos estilos e modalidades além do Break e Locking.

O Ragga surgiu na Jamaica e nas Antilhas, há alguns anos, como Ragga Muffin. Derivado do Reggae, este faz furor nas pistas de dança e nas ruas. O Ragga não é apenas um estilo de dança, mas também uma forma de cantar e de fazer música, entre outros, assumindo-se assim como uma cultura, tal como o Hip Hop.
O “Ragga Dance”, desenvolve-se nos “Dancehalls”, onde os corajosos mostram o quanto são bons na pista de dança.
Este movimento não é para tímidos, pois os movimentos são bastante explícitos e provocativos, revelando algumas influências dos movimentos tradicionais africanos. É um estilo de dança usado para transmitir emoções, e, como tal, por si só cria um ambiente de energia e diversão.
O Ragga Dance tendo na sua essência o freestyle, assume-se como um co
njunto imenso e variado de movimentos, com um caráter subjetivo, em que tudo ou quase tudo é aceitável (dentro de um leque de movimentos base e técnicos)!!!
Está atividade foi show temos como meta para 2007 investir no Ragga e House Dance.
Valeu por acessarem nosso blog, mas estão esquecendo de comentar um abraço CJ Hip Hop Cia...

segunda-feira, outubro 23, 2006

1° Ataque Núcleo de Hip Hop Projeto Ponto Br

No sábado, dia 2 de Setembro o Núcleo de Hip Hop do Projeto Ponto Br coordenado pelo B.boy Gilson, CJ Hip Hop Cia e o Graffiteiro Jeferson Cora, Evolução Crew realizaram seu 1° evento na escola Municipal Rubem Berta em Vila Alinça realizou.








O evento fechava o projeto "Agente Multiplicador da Cultura Hip Hop" com apoio da rede comunitário RedeAção.

Neste dia outros projetos que Compõem essa rede Comunitária apresentaram também seus projetos.

Os alunos da oficina de Break se realizaram.
Eles se apresentaram juntos com a galera do CJ.
Para eles foi um sonho, apesar da chuva ficou show. Um dos alunos disse: "Essa foi a melhor coisa
que aconteceu na minha vida.".






Alunos da oficina de Graffite, oficina de Break, a galera do grupo de Camara Atitude Rua e o CJ Hip Hop Cia.

Realização

O DJ Andrezinho da banda Movimento na Rua deu um grande apoio para realização do evento.

Agradecimentos:

Valdemir(MIMI)

Paulinho(Ponto Br)

Leidimare e sua equipe(RedeAção)

Samuca(Movimento na Rua)

Escola Municipal Ruben Berta

Apoio:

terça-feira, setembro 19, 2006

Gravidade Nula Sesc Tijuca


Este evento aconteceu no SESC Tijuca e teve como
um dos jurados o B.boy Rodolphe do Pockemon Crew (Foto).

Quem realizou o evento foi o B.boy Paolo da Made Brasil Crew.

O
1° lugar ficou com Xuxu e Clebinho, ganhando mil reais.
2° lugar com Sonic e Kaléo, ganhando quientos reais.

Os B.boys Papudo e Cria do CJ participaram também do evento, mas passaram apenas da 1° batalha.
O B.boy papudo aproveitou a oportunidade para lançar a moda da dançar break com pantufas de cachorinho amarelo
Participaram também da batalha o Instinto Coletivo da Pedra de Guaratiba.
Rafael e Pedrinho X Charles e Rodrigo da mesma crew. Rafael e Pedrinho passaram para a segunda batalha, mas não ficaram já que os seus alunos não puderam entradar pois eram de menores .
Não esqueçam de comentar!
acesse o link a baixo e veja o vídeo do evento.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Para baixar qualquer curriculo é só clicar em um dos nomes em cima de cada foto e fazer o download. 

Zulu Gilson: Começou como aluno da Oficina do CJ Hip Hop Cia em 1998 no mesmo ano começou a ministrar aulas na academia Activity em 1999 participou do Curso de Formação em Agentes Culturais Hip Hop, em 2006 ministrou aulas em escolas públicas e fez apresentações na Cidade de Toronto Canada, 2010 foi batizado como Menbro ZuluNation e se tornou Ponto de Cultura.
 


 
Wagner Cria:  Iniciou sua trajetória no CJ como aluno do Zulu Gilson e B.Boy Samir participou de diversos eventos de Hip Hop no Cenário Carioca trabalhou no Projeto da Coca Cola Corda na Rua viajando para diversos estados do Brasil divulgando essa promoção, atualmente Coordena e ministra aulas no CJ Hip Hop Cia e no Projeto Arte é 1000 do GRUPO CEMERU SAÚDE.

Jonathan Arkadiano
Jonathan Arkadiano: Jonathan Iniciou em 2006 nas oficinas do CJ aluno de Zulu Gilson e Wagner Cria se destacou no trabalho não apenas pelo talento na Dança, mas também por mostrar que tem capaciadade para administrar e organizar eventos importantes como o da Batalha de Iniciantes e aniversário do CJ, atualmente também ministras aulas no CJ e em uma escola Pública no Bairro Paciencia






segunda-feira, agosto 07, 2006

Treino com Super Naturals Crew



A viagem ficou completa quando conhecemos o b.boy skittles do Super Naturals Crews que faz oficinas em projetos sociais em Toronto.

Skittles nos levou para conhecer e treinar com outros, em um desses treinos conhecemos um grupo de b.girls muito legal e as minas manda muito e fizemos um intrcâmbio especial com essas b.girls principalmente a Jessica.

Treino com Super Naturals Crew:B.boy de toca branca(desconhecido)Dizzy(calça vermelha) B.girl Red(camisa preta), foi um encontro muito legal estar com dançarinos que conhecemos através de vídeos que participam de muitos eventos mundiais.

Jantar promovido por projetos coordenados por jovens, teve um show com uma bamda de Funk dançamos muito nesse dia!

Foto da casa onde ficamos hospedados!

segunda-feira, junho 05, 2006

Conhecendo Toronto

Jessica CJ Hip Hop Cia


Depois de desfazer as malas e da chegada da banda Movimento na Rua, fomos conhecer a cidade com o projeto Davenport Perty Comunity Group, um projeto que tem um olhar voltado para o público feminino, que nos levou para conhece a cidade. Demos uma volta na Avenida Nathay Philip Square, uma Avenida muito movimentada e cheias de lojas. Não resistimos e logo começamos a tirar fotos fazendo freeze no meio da praça!

A banda Movimento na Rua na foto abaix fez a abertura do fórum de violência onde no 2° dia nos apresentamos e aproveitamos a oportunidade para vender nossas camisas.





O que mais foi diferente foi a comida, nós acostumados a comer feijão religiosamente centimos nesta viagem muita falta do nosso precioso feijão e do tempero mais valeu muito a experiência. Além desse grupo um projeto que nos chamou muiot atenção foi um priojeto que trabalha com audio visual e produção de cd´s com qualidade profissional voltado totalmente para o Hip Hop.

Conhecemos e realizamos oficinas em escola públicas e finalizamos as atividades com uma apresentação de dança e da banda. As primeiras oficinas foram um pouco confusa por causa da lingua, mas logo davamos nosso jeitinho falando um inglés muito diferente foi o que deu para improvisar na hora! geralmente as turmas para cada atividade tinha 30 alunos da escola, com uma galçera bastente ativa.
Jessica fazendo aquecimento e Andrew Lens traduzindo essa foi nossa 1° Oficina em escola pública ensinavamos para os jovens da escola uma pequena coreografia de locking e depois um pouco de Break os alunos ficavam muito entusiasmado em algumas essolas encontravamos jovens que faziam Popping, nas coreografias colocavamos um pouco de samba, ai nessa parte todos os alunos ficavam muito confuso, masa valeu a tentativa.
Percebemos que no Canada tem os mesmos problemas do Brasil, mas em menor proporção.
Todas as escolas tinham uma grande estrutura com auditórios equipados com som e vídeos.
Percebe o quanto é grande a quantidade de imigrantes na cidade há muitos bairros Chineses, Mulçumanos, e Portugueses onde ficamos durante 10 dias.
Vídeo da nossa participação na MTV Canada em um programa que falava sobre violência.


Esse dia foi muito bom maior mordomia no Camarim e depois dançar ao vivo!
COMENTE AQUI!

quarta-feira, maio 31, 2006

Chegamos no Canada


Andrew Lenz Coordenador do Escola Sem Fronteira no Brasil
chegada ao aeropote da Cidade de Toronto


Depois de viajar 10 horas finalmente chegamos á Toronto - Canadá, depois de desfazer as malas e conhecer um pouco da cidade fomos jantar e conhecemos uma galera de um projeto chamado http://www.styleinprogress.ca/ e a B.girl Nois do grupo Dronk Monks.
Essa galera nos deu a maior atenção e ficou de nos levar para conhecer umas crews, a galera aqui é muito organizada o grupo Style in Progress tem o apoio da Tribal Gear e da Montana, o Cora do Evolucao Crew(graffiteiro) ficou surpreso ao conhecero escritório da do grupo, eles aqui criaram uma cadeia de Hip Hop muito produtiva.

A cidade é bastante organizada para nos foi um pouco diferente tamanha organização, mas que nos deixava ancioso era a vontade de conhecer outros grupos em especial o Super Naturales Crew.

segunda-feira, maio 15, 2006





2° Encontro da Rede Hip Hop da Zona Oeste

Em dezembro de 2006 o CJ Hip Hop Cia junto com outras crews realizaram o 2° evento da Rede de Hip Hop no CAMPO (Centro de Apoio ao Movimento Popular da zona Oeste) sede do CJ Hip Hop Cia que tinha como objetivo falar sobre o mercado atual para os B.boys e as B.girls e apresentar mais um projeto do grupo, Minas na Arte de Riscar os Discos que tinha como missão capacitar em Break e DJ minas da zona oeste (coordenado pela B.girl Jessica do CJ). O projeto tem como objetivo à buscar de corpo feminino para o Hip Hop e criar um núcleo feminino na Z.O. Tivemos também a participação especial do grupo Elemento Surpresa, da Baixada Fluminense que trouxe para as demais equipes um pouco da sua esperiência dentro do Hip Hop e do site:http://www.ataquevs.com.br

O evento reuniu diversos grupos de Break, RAP , Graffite e 2° edição da batalha de tríos da zona oeste, onde as equipes disputam o pósto de melhor grupo da Z.O. A equpe campeã foi a EUB (Evolução Urbana Break) com os B.boys Papudo, Daniel e William de Campo Grande e o 2° ficou com o grupo Instinto Coletivo da Pedra de Guaratiba com os B.boys Rafael, Anderson e Pedrinho.
O grupo de Vila Aliança Evolução Crew(Jeferson Cora, Cety e Shun) fez alguns paineis com a Crew FZO(Tis, Fil Amaral e Coyote).
Evento como este mostra que a zona oeste tem o seu talento e muito trabalho sério que pouco aparece, mas faz a diferença.


Estraga e Papudo




G e Cety EVC




Realização
CJ Hip Hop Cia
FZO Crew
Instinto Coletivo
Evolução Crew

APOIO
CAMPO

Fundo Angela Borba

Parceiros
Ataque Versos
Com Causa
Elemento Surpresa
Crime Verbal
Escola sem Fronteira

segunda-feira, janeiro 09, 2006

História do HIP HOP


Block Party no início da década de 1970 - note a estrutura técnica


Hip-Hop é uma cultura que consiste em 4 subculturas ou subgrupos, baseadas na criatividade. Um dos primeiros grupos seria, e se não o mais importante da cultura Hip-Hop, por criar a base para toda a cultura, o DJing é o músico sem “instrumentos” ou o criador de sons para o RAP, o B.Boying (a dança B.Boy, Poppin, Lockin e Up-rockin) representando a dança, o MCing (com ou sem utilizar das técnicas de improviso) representa o canto, o Writing (escritores e/ou graffiteiros) representa a arte plástica, expressão gráfica nas paredes utilizando o spray.


O Hip-Hop não pode ser consumido, tem que ser vivido (não comprando roupas caras, mais sim melhorando suas habilidades em um ou mais elementos dia a dia). É um estilo de vida.... Uma ideologia...uma cultura a ser seguida...

A "consciência" ou a "informação" na minha opinião não pode ser considerada como elemento da cultura, pois isso já vem inserido às culturas do DJing, B.BOYing, MCing e Escritor/WRITing (Graffiteiros), ou seja aos elementos da cultura Hip-Hop, mais é válido para a nova geração, dizendo se fazer parte da cultura Hip-Hop sem ao menos conhecer os criadores da cultura e suas reais intenções.

As Raízes

A origem e as raízes da cultura Hip-Hop estão contidas no sul do Bronx em Nova Iorque (EUA). A idéia básica desta cultura era e ainda é: haver uma disputa com criatividade. Não com armas; uma batalha de diferentes (e melhores) estilos, para transformar a violência insensata em energia positiva.



Este bairro experimentou mudanças radicais durante os anos 60 por causa de construções urbanas mal planejadas (construíram uma via expressa no coração do Bronx, construíram complexos de apartamentos enormes) o que fez com que o bairro ficasse desvalorizado. A classe média que consistia em Italianos, Alemães, Irlandeses e Judeus se mudaram por causa da qualidade decrescente de vida.



No ano de 1968 sete adolescentes que se nomearam "Savage Seven" (Sete Selvagens) começaram a aterrorizar o bairro, criando assim a base para algo que dominaria o Bronx durante os próximos 6 anos: as Streetgangs (gangues de rua). Em pouco tempo apareceram outras gangues em todo o bairro, em todas as ruas e esquinas.

Algumas delas: Black Spades, Savage skulls, Seven Immortals, Ching Alling, Seven Nomads, Black Skulls, Seven Crowns, Latin Kings, Young Lords; muitos jovens poderiam ser vistos em todos lugares.

Depois que as atividades das gangues alcançaram o topo da criminalidade em 73, elas começaram a se acabar uma a uma. A razão para isto pode ser encontrada em níveis diferentes. As gangues estavam brigando, muitas estavam envolvidas em crimes, drogas e miséria. E muitos integrantes não quiseram mais se envolver com isso, o tempo estava mudando e as pessoas da década de 70 estavam à procura de festas em clubes, apenas diversão, dançar, curtir a música cada vez mais e mais.

O número de gangues cada vez mais estava diminuindo principalmente porque cada vez mais jovens estavam envolvidos com um movimento e se identificavam com alguma atividade. Pois a idéia básica era competir com criatividade e não com violência.

A força motriz de todas as atividades dentro dos 4 elementos era fugir do anonimato, ser ouvido e visto e espalhar o nome por toda parte. Se alguém quisesse melhorar suas habilidades teria que deixar de fazer coisas ruins (drogas, crimes, etc...) por todo tempo, teria que por sua energia a disposição da cultura e com isso ajudar a trazer mais adiante o próximo nível da Cultura Hip-Hop e desenvolvendo seus elementos cada vez mais inspirando novamente outras pessoas.

Kool Herc é por toda parte conhecido e respeitado como o "pai" da cultura Hip-Hop, ele contribuiu e muito para seu nascimento, crescimento e desenvolvimento.

Nascido na Jamaica, ele imigrou em 1967 (aos 12 anos de idade) de Kingston para Nova Iorque, trazendo seu conhecimento sobre a cena de Sound system (sistema de som, muito tradicional na Jamaica, seria um equipamento de som muito potente ligado na rua para atrair as pessoas).

Consigo também trouxe o "Toast" ao bairro do Bronx (NY), Clive Campbell seu nome de batismo, apelidado "Hercules" pelos alunos de sua sala de aula da escola secundária por causa da aparência física. Mas ele não gostou deste apelido e usou um atalho, criando, "Herc". Então quando ele começou a escrever (tag; assinatura) ele usou seu Tagname de "Kool Herc".

Herc deve ter dito muitas dificuldades para dormir durante a infância devido ao glorioso e grandioso volume libertado pelos sound systems, que batalhavam nas ruas pela atenção do público, cada vez se aumentava mais e mais o volume, quase a ponto de explodir, foi neste ambiente que Herc nasceu e viveu até os 12 anos...

Em meados de 73 ele chamou a atenção como DJ no Bronx, no princípio ele usou o equipamento de som de seu pai, em seguida construiu seu equipamento (auto denominado de Herculords) com enormes caixas de som e muitos seguidores. Em inúmeras Block Parties (festas feitas em blocos de apartamentos abandonados no Bronx e região – veja o filme Beat Street), festas em parques e escolas, logo depois ele fez suas próprias festas em clubes famosos como "Twilight Zone" e "T-connection". A razão do sucesso foi dada pelo fato de fazer as pessoas dançarem sem parar, ele seguiu a filosofia de Soundsystem de seu país, no principio não dando muito certo, tocando Reggae e outros ritmos jamaicanos, até que descobriu o Soul e Funk.

Passado algum tempo, teve um sistema de som mais pesado e mais alto que todos os outros, por outro lado (e provavelmente a razão mais importante) ele criou e desenvolveu uma técnica revolucionária para girar os pratos dos tocas discos.

Ele nunca tocou uma música inteira, mas só a parte que as pessoas mais gostavam: O Break - A parte onde a batida foi tocada da mais pura forma. Os "Breaks" das canções eram só alguns segundos, ele os ampliou usando dois toca-discos com dois discos iguais, dando o nome de Break-Beat, o fundamento musical para B.Boys e B.Girls (Breaker-boys, Breaker-girls: dançarinos que se apavoravam dançando durante estes Breaks) e os MC's (Os Mestres de Cerimônias, artistas no microfone que divertem as pessoas fazendo-as dançar com suas rimas), às vezes comparável ao "Toast" jamaicano, Kool Herc usou algumas frases para fazer as pessoas dançarem e dar boas vindas aos amigos. Mas quando os misturava as batidas ficavam mais complicados, mais concentração, assim foi entretendo a multidão, ficando complicado fazer várias coisas ao mesmo tempo, com o microfone não era mais possível, ele passou o microfone para 2 amigos que representaram o primeiro time de MC: Coke La Rock e Clark Kent. Kool Herc e o soundsystem incluíam os 2 amigos no microfone, ficando em seguida conhecidos por toda parte como "Kool Herc and the Herculords".

Alguns dos breaks mais famosos, foram: Incredible Bongo Band com Apache, James Brown com Funky Drummer e Give it up or turn loose, Herman Kelly dance to the drummers beat, Jimmy Castor Bunch com It´s just begun entre tantos outros...

Afrika Bambaataa (ou Kahyan Aasim - nascido 1957) também tem seu papel de importância no surgimento da cultura Hip-Hop, é por toda parte conhecido e respeitado como o "padrinho" ou o "avô" da cultura Hip-Hop, reunindo tudo e propondo a base para a cultura. Era membro e líder de uma das maiores gangues, "Black Spades" também era um colecionador de discos fanático. Embora já estivesse trabalhando como DJ em festas desde 70, ele adquiriu mais interessado pela cultura Hip-Hop depois de ter visto Kool Herc nos toca-discos em 1973 e assim foi DJ no "Bronx River Commity Center" onde teve seu próprio soundsystem. Ao mesmo tempo a gangue dele começou a desaparecer, logo depois formou uma pequena ONG chamada de "Bronx River Organization" que logo após passou a se chamar "The Organization", por ter feito parte uma gangue anteriormente ele teve um publico fiel que consistiu em membros de gangues anteriores.

Por volta de 74 ele reorganizou "The Organization" e renomeou de "Zulu Nation", inspirado pelos estudos feitos sobre a história africana (ele ficou impressionado pelos "Zulus" pois lutavam com honra e armas simples contra o colonialismo e o poder, apesar de aparentemente inferiores). 5 dançarinos uniram-se a organização usando o nome de "Shaka Zulu King" ou simplesmente "Zulu Kings" com os gêmeos "Nigger Twins" eram eles os primeiros B.Boys sempre gritando de alegria. A "Zulu Nation" organizou festas e reuniões a qual os membros, principalmente Afrika Bambaataa passou o conhecimento sobre a cultura Hip-Hop para as pessoas, como era possível dar as pessoas uma alternativa para a saída das gangues e drogas.

Love Bug Starski foi quem propôs a junção dos elementos da cultura Hip-Hop, foram Afrika Bambaataa e a Zulu Nation que uniram os elementos diferentes e os formaram para uma única cultura.

A idéia de Afrika Bambaataa era transformar o negativismo das gangues em energia positiva, pois perdera o melhor amigo em uma guerra das gangues, no tempo que fizera parte de uma gangue. Cansado disso, pensou em fazer algo para mudar esta situação, as pessoas estavam cada vez mais ocupados com o Hip-Hop, em mostrar suas habilidades da melhor forma possível nas festas.

GrandMaster Flash completa a trilogia dos DJ´s pioneiros, o terceiro DJ mais importante do inicio da cultura Hip-Hop, teve a brilhante idéia de incluir artesanalmente a sua mesa de mixagem um botão (cross-fader) que lhe permitia passar de um disco para outro sem haver quebra de som. Aprendendo com Herc que os breaks de Funk eram o combustível preferido dos B-Boys e com Bambaataa onde os ir buscar, Flash incendiou tudo ao trazer para o palco os “skills” (capacidade tecnica de misturar os discos e faze-los fluir de forma irrepreensivel.

O MC começou por ser uma mera sombra do DJ, limitado a empolgar ao microfone as pessoas, que lhe pagava o ordenado e funcionando quase como “locutor de festas” ou mestre de cerimónias que não só usava o microfone para comunicar à multidão qual a última celebridade do gueto (ghetto celebrity) a entrar no clube (“hey ya’ll, my man Timmy T is in the house!”) como também tinha um papel importante, deixava todos saberem que havia uma mãe à espera do seu filho à porta (“yo, Little Jimmy, stop spinnin’ and head to the door!”). Com o tempo, as rimas foram ficando mais elaboradas, mais complexas e, tal como os “skills” do DJ lhe davam popularidade, as habilidades do MC ao microfone começaram a ser decisivas para arrancar aplausos da multidão.

Bem, assim seria o Hip-Hop para muitos, DJs descobrindo e criando os break-beats, MC's rimando, B.Boys dançando e a maioria dos membros da cultura Hip-Hop também eram escritores. Bambaataa os usou para espalhar sua mensagem, "lutar com criatividade, não com violência!" Com a integração dos 4 elementos da cultura Hip-Hop, a vontade de competir era geral, empurrando todos permanentemente a melhorar e ser o mais criativo possível.

Assim, era como uma lei não escrita, que, todo mundo criava seu próprio estilo, sem copiar o próximo, sem roubar as idéias do outro. Outra lei respeitada era: Paz, unidade, amor e divertimento. A base para os diferentes elementos já estava pronta, mas com a integração da cultura Hip-Hop foi acelerado o desenvolvimento rapidamente dos elementos.








A Dança de Rua surgiu através dos negros das metrópoles Norte Americanas. As primeiras manifestações surgiram na época da grande crise econômica dos EUA, em 1929, quando os músicos e dançarinos que trabalhavam nos cabarés ficaram desempregados e foram para as ruas fazer seus shows. Em 1967, o cantor James Brown lançou essa dança através do Funk. O Break, uma das vertentes do Street Dance, explodiu nos EUA em 1981 e se expandiu mundialmente, sendo que, no Brasil, devido à sua cultura, os dançarinos incorporaram novos elementos de dança. Em janeiro de 1991, foi criado na cidade de Santos, o primeiro curso de “Dança de Rua” no Brasil, idealizado e introduzido pelo coreógrafo e bailarino Marcelo Cirino, baseado em trabalho prático e de pesquisa, desde 1982. O curso virou projeto e para alguns “religião”, sempre com o apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Santos. Hoje sua repercussão mundial, retrata o reconhecimento do trabalho e não um simples modismo.

A Dança de Rua quando vinculada ao movimento Hip Hop (Hip do inglês - quadril; Hop - pulo) toma um outro sentido na história e em sua formação.
Existem vários estilos de dança dentro do Hip Hop, entre eles temos:

1.O Breaking, executados pelos B.Boys ou B.Girls
2.O Locking, executados por lockers
3.O Popping, executado por poppers
4.As Social Dances

O "Break Beat" é a batida de fundo repetitiva muito conhecida pelos Mcs em seus shows, os Djs entram e tocam a música e os dançarinos (b.boys ou b.girls) fazem a sua dança nessa batida da música.

Difere-se do Street Dance pois o Hip Hop utiliza-se das danças sociais conhecidas como, harlem shake, happy feet, monastery e etc, enquanto o Street Dance além desses estilos se utiliza também das linguagens corporais do Jazz, Dança Contemporânea, e outros movimentos conhecidos pelo corpo do dançarino e do coreógrafo. Em outras palavras, o Hip Hop é um estilo de dança mais dinâmico, já que este veio de festas, enquanto o Street Dance veio das academias e limita-se mais as coreografias.

Uma das grandes características do Street Dance vinculada ao Hip Hop é a improvisação, que algo momentâneo e acontece com mistura de linguagens entre, encenação teatral, mímica e dança. Tem o seu nascimento nos Estados Unidos da América, o leste e o oeste norte americano tem expoentes diferentes de estilos e de representantes no Street Dance.

Estilo de Danças de Rua


Breaking, B-Boying – Foi desenvolvido pelos garotos do bairro do Bronx (NY) entre 1975 e 1976 nas block parties (festas de rua) ao som dos ritmos latinos, soul, funk e jazz. O fato curioso sobre o nascimento deste estilo, é que ele fora desenvolvido pelos adolescentes da época, que por não conseguirem imitar corretamente seus irmãos mais velhos e seus pais, que dançavam embalados pelo soul, acidentalmente acabaram criando um estilo mais radical, composto por Top Rock, Footwork e Freeze. Breaking geralmente é dançado ao som de Funk (original dos anos 70) ou senão das mixagens conhecidas como Break Beats. B-Boy / B-Girl – termo criado pelo pai de todos os DJ’s, DJ Kool Herc, não por causa dos movimentos robotizados mas sim para se referir àqueles que dançavam na roda quando os DJ's ficavam repetindo uma certa parte
instrumental da música, que é o break da música, daí surgiu o nome. O DJ brincava perguntando “Onde estão os B-Boys (Break-Boys) e B-Girls (Break-Girls)?”. Todos já sabiam que Kool Herc iria construir as batidas para o Grupo de Elite de Dançarinos que participavam de suas festas. O nome pegou e hoje representa, de modo genérico, o praticante de todos os estilos do Breaking. Mas que fique claro que B-Boy e B-Girl são aqueles que dançam o B-Boying, Breaking. Vale uma observação: B-Boy também tinha outras duas interpretações: Beat Boy ou Bronx Boy.
Locking – criado por Don Campbellock no final dos anos 60, em Los Angeles. Pode-se dizer que este estilo fora inventado acidentalmente pelo fato de Campbellock nunca ter conseguido interpretar corretamente os passos do funk chicken (estilo
popularizado por James Brown em suas apresentações). É importante lembrar que o dançarino de locking é denominado de locker. Popping – criado por Boogaloo Sam, natural de Fresno (Califórnia). Num sincronismo de braços e pernas o popping estiliza o pipocar (pipocas estalando) de movimentos. Boogaloo Sam também fora o criador do estilo boogaloo style em meados de 70 e o passo denominado de backslide, usurpado por Michael Jackson e popularizado com o nome de moonwalk. Vale ressaltar que o dançarino de popping é identificado pelo nome Popper.

Up Rocking, Brooklyn Rock, Rockin – criado entre 1967 e 1969 pelos dançarinos Rubber Band e Apache (idealizadores da Dynasty Rockers Crew), no bairro do Brooklyn (NY). Este estilo consistia na simulação de uma luta (ataque e defesa) enquanto se dança e seu objetivo é marcar, pegar o adversário desprevenido (burn) marcando assim pontos como se de fato tivesse sido acertado algum golpe. Extinto no inicio dos anos 70, alguns de seus passos reaparecem junto às coreografias dos B-Boys do bairro do Bronx (NY). Cabe lembrar que o dançarino de Up Rocking era denominado de Rocker.
Breakdance – Termo lançado erroneamente pela mídia quando esta dança teve seu boom nos anos 80 nos EUA.

Dança de rua, criada na rua, crescida na rua. Seja Breaking, Up Rocking, Popping, Locking ou outro nome que queiram dar, todos estes estilos são da rua!
É a expressão corporal dançante do Hip Hop. Surgiu em meados da década de 60, e veio para dar um basta à violência praticada pelas gangues da época, pois os jovens preocupados em se superar cada vez mais nos movimentos esqueciam dos problemas e da violência originária das ruas, até que as richas entre as gangues passaram a ter um sentido menos violento. Daí surgiu o “racha” entre as gangues (quem dançasse melhor sairia vitorioso) que existe até hoje, só que de um jeito menos ofensivo.
A Dança de Rua vai muito além de uma forma de dança. É mais que tudo, um estilo de vida para quem ama o Hip Hop, é atitude, é arte de rua.

É que sempre rolou uma certa richa entre o povo de Nova York e o povo de Los Angeles sobre quem criou o que, quem faz melhor do que quem e estas desavenças que existem em qualquer lugar do planeta.
James Brown, o famoso Rei do Soul, está por todos os lados influenciando a Dança de Rua. Estava na cabeça (e no corpo) dos nova-iorquinos no surgimento do B-Boying no Bronx. Brown criou do “Get on the Good Foot”, o "Good Foot" foi um dos primeiros “freestyle dance” espontânea e elétrica, baseada em subidas e descidas, giros e chutes. Os jovens de periferia pegaram o Good Foot e temperaram com a rua. É mais fácil descrever o Good Foot, concordando com Michael Holman: imagine uma grande marcha em uma parada, dando passos longos e altos, ficando com uma perna arrastada no chão e com os quadris soltos para a batida, abaixando simultaneamente a outra perna.

Enquanto isso, na Costa Oeste, em cidades como Los Angeles e Fresno, o Popping e o Locking estão por toda à parte fazendo milhares de jovens dançarem. E James Brown estava lá, marcando presença mais uma vez. Boogaloo Sam disse que deu o nome de Boogalooing para o estilo que criou por causa da música “Do The Boogaloo” (dec. 50). Como os movimentos que Sam faziam eram muito estranhos, ele chamou de Boogalooing. Os estilos surgidos na Califórnia, que são mais complexos e em maior número, possuem uma dezena de gêneros irmãos que influenciaram e foram influenciados por eles:
Strutting Hitting Floating, Cutting Wacking Punking, Showcasing Ticking Hustle, Animation Voguing Scarecrow, Puppet Waving.

Costuma-se dizer que um B-Boy completo (porém básico), de acordo com os dançarinos do meio da década de 70, é aquele que realiza sua apresentação em 3 partes principais, sendo elas:

O Top Rock (originado no Bronx) é quando o B-Boy dança na vertical, em pé. Tem hoje a função de apresentação, ao entrar na roda o B-Boy / B-Girl completo, nunca deixa de apresentar o seu Top Rock, é o cartão de visitas apresentando o seu estilo, só depois ele desce ao chão para executar o Footwork. Quem não apresenta o seu Top Rock e o seu Footwork na roda não pode ser considerado um B-Boy / B-Girl completo.
O Footwork (conhecido por nós como Sapateado) é o trabalho realizado pelos pés surgiu quando os "boie-oie-oings" (como eram chamados os B-Boys no inicio) começaram a movimentar o corpo circularmente com o apoio das mãos, fazendo tambem movimentos mais arriscados como saltos no ar. O Footwork é a base do B-Boying. Após sua rotina, o B-Boy sempre termina sua entrada com um Freeze.

O Freeze é um congelamento no qual o B-Boy tem o ápice de sua apresentação, os bons freezes geralmente duram no mínimo dois segundos na posição escolhida, como já disse a lenda Mr. Freeze (RSC) e quanto maior o grau de dificuldade de execução, maior a sua qualidade.

Por fim, entram os Moves (movimentos). O giro de cabeça, os saltos, os moinhos de vento, etc. São movimentos influenciados pela ginástica e ginástica olímpica com tempero da Rua. Existe uma grande discussão mundial, sobre o valor real dos Moves. Não há dúvida que um leigo em Breaking vai achar um Mortal “melhor” do que um Footwork. Porque o mortal é mais difícil, é mais bonito. O que tem ocorrido é que a última geração de B-Boys e B-Girls assistem as fitas de campeonatos e vêem muitos Moves. Na hora de ensaiar, esquecem da base (Top Rock, Footwork e Freeze) e só ensaiam saltos. Não é conservadorismo acreditar que um bom B-Boy / B-Girl é aquele que é completo, ou pelo menos se esforça para isso.

Alguns acham que a força dos movimentos tem um grande impacto e muita energia, basta mostrar seu jeito individual e original nos movimentos que faz. Além disso, a força dos movimentos, realmente, não se faz com a batida e sim no modo como se gira. Por esta razão o Rock Steady Crew sugere que os Footworks fossem enfatizados, como o Breaking dos anos 90 e os Moves também podem ser incorporados, desde que o sejam feitos como dança, ou harmonicamente incorporados a ela.

Resumindo, pode-se dizer que Nova York é ritual, combate, força; Los Angeles é Funk, é estética, é corpo.
A televisão influenciou muitas pessoas no início da década de 70 com programas como The Big Show, What’s Happening e o Soul Train, (neste último, havia dois Lockers, Jeffrey Daniel e Shalamar) que faziam parte do elenco fixo junto com o lendário grupo L.A. Lockers. Pode-se até afirmar que jovens de Nova York foram influenciados por jovens de Los Angeles, engraçado não?
Do outro lado do país Kool Herc fazia festas com um carro equipado de dois toca-discos e um mixer, os chamados Boom Boxers e levava também dois dançarinos conhecidos como The Nigga Twins, que no futuro também seriam chamados de B-Boys, pois também dançavam na quebrada da música misturando Dança de Rua com outros estilos.

Os fundadores em Nova York não podem ser esquecidos (The Nigga Twins; El Dorado; Sasa; Mr. Rock). A primeira geração de equipes quase nunca é citada, pois a maioria dos B-Boys e B-Girls acham que o B-Boying começou com a Rock Steady Crew, o que não é verdade. O porto-riquenho Trac 2, lendário membro da equipe Starchild La Rock conta que já havia gente dançando pelas calçadas do Bronx onde estavam a maioria das equipes e que foram os latinos que mantiveram a chama acesa, pois a maioria dos negros viam o B-Boying / Breaking como uma moda e abandonavam a dança logo. Cito algumas equipes desta época e membros de destaque que suavam ouvindo “Apache” e “It’s Just Begun”:

Salsoul Crew (Vinnie e Off); TBB; Zulu Kings (Beaver e Robbie-rob); Rockwell Association (B-Girl Mama Maribel); Floor Lords (Manhattan); Floor Masters (Manhattan); Starchild La Rock (Trac 2, Bos); B-Boys in Action; Yoke City Mob; Young City Boys (Freeze, Ken Swift); Crazy Comanders Crew (Spy e Shorty); KC Crew; Master Plan.
Não podemos deixar de citar a Guettoriginal Company Dance formada por importantes gangues como: Magnificent Force, Rhythm Technicians e Rock Steady Crew, que juntos fizeram um vocabulário para os movimentos e criaram o Jam on the Groove que se destacou e invadiram o espaço de outras danças recebendo convites para apresentações no Central Park em NY, em Viena, Paris, em Tókio e muitas outras apresentações pelo mundo.

A popularidade dos filmes de Kung Fu durante os meados dos anos 70, especialmente na cidade de NY deu um grande impacto no estilo B-Boying. Um grande número de movimentos das artes marciais incorporou-se junto ao B-Boying, que também sofreu influencia das danças nativas da África e dos EUA e da Capoeira brasileira. São mais combativos e ritualísticos. O próprio Up Rock (Brooklyn Rock) consiste em movimentos de ataque e defesa, representando socos, machadadas, marteladas dentro de uma estrutura de 5 tempos.

A maior rivalidade de crews durante aquele período, foram entre o SalSoul (esta crew muda seu nome mais tarde para DiscoKids) e The Zulu Kings assim como entre Starchild La Rock e Rockwell Association. Naquele tempo os movimentos eram somente Freezes, Footworks e Toprocks. Não havia giros! Rachas históricos foram travados entre estas equipes.

Como a tradição de batalha de dança já esteve bem estabelecida naquele tempo e como incorporado dentro da cultura Hip Hop ("lute com criatividade, não com armas"), isto ficou mais e mais uma dança que envolvida ao B-Boy usando sua imaginação para executar o sapateados com os pés, arrastos e outros movimentos de batalha. A meta principal em uma Batalha de Breaking foi bater o "adversário" por existência da mais criativa com passos e Freezes e por melhor e mais rápido movimento.
Existe um conceito errado proposto pela grande mídia que diz que o Breaking era usado pelas gangues, que dançavam ao invés de brigarem, no entanto, isto está completamente longe de ser verdade, pois os rachas (battles) de Breaking também eram grandes criadores de tumultos e muito naturalmente aconteciam várias brigas por causa dessas batalhas de B-Boys.

Com o tempo, as lendárias batalhas ou "rachas" evoluíram para um estágio de desenvolvimento de conceitos diversos, que iam desde a compreensão dos difíceis passos da dança, até programas de recuperação de jovens viciados ou que viviam nas ruas.
Apesar de ter nascido em uma comunidade Negra, foram os porto-riquenhos que deram vida ao Breaking. Foram eles que introduziram o uso de acrobacias e movimentos de ginástica olímpica, além de inventarem dezenas de novos passos. B-Boys como Crazy Legs do Rock Steady Crew foram influenciados por dois desses porto-riquenhos, Jimmy Lee e Joe Joe.

E as minas? Asia One, Roc-A-Fella, Dandy, Lady Rock, Baby Love, Lady Doze, China, Lisette são as B-Girls que formaram a primeira geração. O tempo passa e muitos B-Boys e B-Girls param, casam, vão para a faculdade e uma nova geração surge. É nos anos 80 que o B-Boying se transforma em Breakdance (rótulo midiático). O aparecimento de equipes como Floor Masters, Rock Steady Crew, Dynamic Rockers, Magnificent Force e The Brooklyn Dinasty entre outras transformaram positivamente e negativamente o cenário do Hip Hop. Cito alguns deles:

Pontos positivos: A realização de filmes tornou o Breaking popular. Em 1981 a ABC News mostraram uma performance da Rock Steady Crew no Lincoln Center. Então em 1982 uma batalha entre Rock Steady Crew e Dynamic Rockers foi registrado ao filme/documentário “Style Wars" que esteve mais tarde também nacionalmente no PBS. No mesmo ano o "Roxy" outrora conhecido como um Rollerskate Disco foi reaberto como um Hip Hop Clube. Em 1983 o filme "Flashdance", embora não fosse um filme de Breaking, as cenas curtas onde apareciam B-Boys dançando causaram grande impacto, suficiente para inspirar as pessoas a começar a fazer B-Boying por todo o mundo, surgiu nos cinemas e o clipe de vídeo de Malcolm McLarens "Buffalo Gals" foi
mostrado em TV. A Rock Steady Crew foi destacada em ambas produções e eles foram visto por toda a parte o mundo por causa do sucesso deste filme e desta canção. Que foi a liberação à explosão de mídia na maioria de países ao redor do mundo. Para todos o Breaking foi alguma coisa nova, alguma coisa que nunca tinha sido vista antes, alguma coisa que é realmente espetacular e fascinante. Ainda no mesmo ano o filme "Wild Style" apareceu e para promover ele o "Wild Style" - teve uma excursão, que foi a primeira excursão internacional destacando a cultura Hip Hop. O MC’s, DJ’s, Graffiti Writers e B-Boys foram até Londres e Paris e isto foi o primeiro tempo que o Breaking podia ser visto "ao vivo" na Europa.